28/07/2023

Transporte de produtos perigosos: quais as regras e como manter a segurança?

Transporte de produtos perigosos: quais as regras e como manter a segurança?

O transporte de produtos perigosos é uma atividade fundamental para a economia global, movimentando materiais essenciais para diversos setores industriais. Diariamente, veículos transportam diversos tipos de produtos considerados como carga perigosa. Se você estiver em uma rodovia, pode identificar caminhões com placas e numerações que marcam esse tipo de transporte. Justamente devido à natureza potencialmente nociva dessas cargas, é fundamental adotar medidas rigorosas para garantir a segurança durante todo o processo logístico.

Neste artigo, você pode conferir as principais regras e práticas para assegurar a integridade das operações e minimizar os riscos envolvidos no transporte de produtos perigosos.

 

O que são produtos perigosos?

Produtos perigosos são substâncias ou materiais que apresentam riscos significativos para a saúde humana, o meio ambiente e a segurança pública. Essas cargas são classificadas de acordo com as características físicas e químicas que possuem.

Alguns exemplos de produtos perigosos são: combustíveis, gases inflamáveis, materiais radioativos, produtos químicos corrosivos e materiais biológicos infecciosos. Não à toa, é proibido que veículos comuns transportem combustíveis, como gasolina, justamente por se tratar de um material inflamável.

 

Regulamentações e legislação para produtos perigosos

O transporte de produtos perigosos é regulamentado no Brasil pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), responsável por estabelecer as normas e regulamentos para o transporte de cargas perigosas por via terrestre.

Além disso, o transporte internacional de produtos perigosos é regido por acordos internacionais, como o Acordo Europeu sobre Transporte Internacional de Mercadorias Perigosas por Estrada (ADR) e o Código Marítimo Internacional de Mercadorias Perigosas (IMDG).

 

Tipos de cargas perigosas:

Classe 1 – Explosivos (polvora, nitroglicerina, etc)

 

Classe 2 – Gases.

Subclasse 2.1 – Gases inflamáveis (Acetileno, amoníaco, metano, etc);

Subclasse 2.2 – Gases não-inflamáveis, não-tóxicos (butano, propano, etc);

Subclasse 2.3 – Gases tóxicos (cianeto de hidrogênio, cloro).

 

Classe 3 – Líquidos inflamáveis (álcool, gasolina, óleo diesel).

 

Classe 4 – Sólidos inflamáveis (azidas orgânicas, compostos nitrosos):

Subclasse 4.1 – Sólidos inflamáveis;

Subclasse 4.2 – Substâncias sujeitas a combustão espontânea;

Subclasse 4.3 – Substâncias que, em contato com a água, emitem gases inflamáveis.

 

Classe 5 – Oxidantes (peróxido de hidrogênio, também conhecido como água oxigenada:

Subclasse 5.1 – Substâncias oxidantes;

Subclasse 5.2 – Peróxidos orgânicos.

 

Classe 6 – Substâncias tóxicas e infectantes (pesticidas):

Subclasse 6.1 – Substâncias tóxicas;

Subclasse 6.2 – Substâncias infectantes.

 

Classe 7 – Materiais radioativos (césio, rádio, etc).

 

Classe 8 – Corrosivos (ácido sulfúrico e hidróxido de sódio, mais conhecido como soda cáustica).

 

Classe 9 – Substâncias perigosas diversas (baterias de lítio, etc)


 

Principais regras para o transporte seguro de produtos perigosos

 

1. Identificação

Antes do transporte, os produtos perigosos devem ser devidamente identificados e classificados de acordo com as regulamentações vigentes. Isso é fundamental para garantir que as medidas de segurança adequadas sejam adotadas durante todo o processo logístico.

Nos caminhões de transporte é necessário incluir o painel de segurança, justamente a placa laranja com um número que comentamos no início deste artigo. A numeração é referente ao risco e ao número ONU, que identifica qual é a substância.  

Além disso, também é necessário o rótulo de risco com formato de losango, identificando a natureza, o manuseio correto e a identificação do produto transportado.

 

2. Embalagem e rótulos adequados

Os produtos perigosos devem ser embalados em recipientes aprovados e resistentes, projetados para suportar os riscos inerentes à carga. Além disso, utilizar o rótulo correto é essencial para informar sobre os perigos envolvidos e garantir o manuseio seguro e adequado.

 

3. Treinamento e qualificação dos profissionais

Toda a equipe envolvida no transporte de produtos perigosos deve receber treinamento adequado sobre as medidas de segurança e as práticas a serem seguidas. Por exemplo, motoristas que, de acordo com a Resolução 5998/2022 em vigor desde 1 de junho de 2023, devem, obrigatoriamente, ser aprovados no Curso de Condutores de Veículos Transportadores de Produtos Perigosos. A Self Logística está atualizada e atua em total conformidade com as normas, já que essa resolução é a principal do ramo de transporte de produto químico.

Além deles, operadores de carga, e outras pessoas que participem do processo devem estar capacitados para lidar não apenas com o manuseio, mas também para lidar com emergências relacionadas.

 

4. Documentação completa

Todos os documentos relacionados ao transporte de produtos perigosos, como fichas de emergência e documentos para transporte, devem estar corretamente preenchidos e disponíveis para inspeção durante todo o percurso.

 

5. Veículos e equipamentos

Os veículos utilizados para o transporte de produtos perigosos devem ser equipados com dispositivos de segurança apropriados para a carga. Esses dispositivos podem incluir extintores de incêndio, kits de emergência e sinalizações especiais.

 

Boas práticas para manter a segurança durante o transporte de produtos perigosos

 

1. Inspeções e Manutenção Regular

Realizar inspeções periódicas nos veículos e equipamentos é imprescindível para detectar e corrigir possíveis falhas antes que elas se tornem problemas de segurança. A manutenção regular assegura que os veículos estejam em condições adequadas para o transporte seguro.

 

2. Planejamento de rotas

Também é necessário planejar rotas adequadas para minimizar o risco de acidentes e garantir um transporte mais seguro, atendendo às restrições de circulação.

Veículos que transportam cargas perigosas não podem circular em regiões densamente populadas ou próximas de reservatórios de água e reservas ecológicas. Isso serve para limitar os danos em caso de acidentes. Além disso, também podem ser estipuladas áreas exclusivas para carga, descarga e estacionamento.

Mais um ponto fundamental é que o expedidor de produtos perigosos tem a obrigação de submeter rota do veículo a órgãos de fiscalização com antecedência.

 

3. Ter uma boa comunicação 

Estabelecer canais de comunicação eficientes entre os envolvidos no transporte e com autoridades é fundamental para agir rapidamente em emergências.

 

4. Monitoramento em tempo real

Utilizar tecnologias de rastreamento em tempo real é uma prática indispensável que permite o acompanhamento contínuo da carga, identificando eventuais desvios de rota e garantindo maior segurança.

 

5. Atenção à responsabilidade socioambiental

Empresas responsáveis pelo transporte de produtos perigosos devem estar cientes do impacto social e ambiental de suas operações e adotar medidas para minimizar esse impacto, como o descarte correto de resíduos e a adoção de práticas sustentáveis.

 

Conheça a Self Logística para realizar o transporte de produtos perigosos

O transporte de produtos perigosos exige práticas específicas para garantir a segurança de todos os envolvidos e a preservação do meio ambiente. Com a combinação de normas rigorosas, treinamento adequado e investimento em tecnologias, o transporte de produtos perigosos pode ser conduzido de forma segura e responsável.

Com a Self Logística, você pode contar serviços relacionados a toda a cadeia logística, com Transporte Rodoviário, Despacho Aduaneiro, Armazenagem de Cargas, Projetos Especiais, Cabotagem e Assessoria em Comércio Exterior.

Contamos com as certificações SASSMAQ e ISO 9001:2015, bem como todas as licenças necessárias e treinamentos necessários para o transporte de produtos perigosos. Entre em contato pelo WhatsApp e saiba mais: (13) 3229-5023.

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